Raízes

Jogadas ao relento

As raízes mortas

De uma triste canção

Que nunca foi ouvida

O sol se põe além do coração

O inverno reina no mistério dessa canção

O outono sempre chega

Mas o verão nunca é inteiramente real

As sobras de um sonho morrem no horizonte

Muito além das estrelas

Um brilho Tão puro

Insiste em tentar se apagar

Na amarga dor que se aproxima

O inverno insiste em não partir

O coração já quebrado sente

O fim, que já tão perto, parece existir...

E das palavras que um dia foram desejadas

Agora jogadas ao mar do desprezo

E as lágrimas antes sentidas choram a dor do desespero

Nas fantasias de uma criança

Tudo parece perfeito

A ilusão oculta a verdade

E quando a fantasia morre

A ilusão se torna falsa

E a verdade tão real

A dor se apodera de um peito

Antes tão feliz...

E assim a criança cresce

E as raízes de uma canção

Morrem pouco a pouco

E a lua tão linda banha

A morte de todo um povo

Na escuridão o mal se esconde

Aonde a luz não pode alcançar

E um servo com medo da verdade

Vai na escuridão se encostar...

Nas raízes de um tempo

Que vai passando lentamente

Todos seguindo um caminho

Que nos leva sempre em frente

Muitos se perdem no caminho

Outros nem tentam continuar

Mas a verdade nua e crua

É que nunca sabemos, o que no final desse caminho há