O POETA, O AMOR E A NOITE

O poeta, o amor e a noite, são amantes universais!
Travam silenciosas batalhas na alma,
lado a lado, sem complexos entendimentos,
convergem na sintonia dos sonhos e realizações.
No deleite simples, ao interesse da sensibilidade!
 
Nem tudo é tão imperfeito que não careça do poetar.
Como não há verossímil perfeição que não ancore no amor.
Pois não existe a eternidade sem o colo gentil da noite,
que nos acolhe suavemente nos braços da pessoa amada,
fazendo-nos nobres em nossos desejos de plebe.
 
Dizem que são tolos os poetas...
Assim como para tantos, há tolice no amar!
Nada mais são que arautos do lirismo,
esse, assassinado pela vida louca,
que destrói os homens na produção do capital!
 
Assim sendo, confortavelmente cabe perguntar:
A quem não serve o silenciar noturno,
e seu estrelado convite a reflexão e ao recordar?
Eis aqui a deixa para a triangulação dos amantes,
O poeta, o amor e a noite!