DESTINO
Fecho os olhos para dormir,
Mas, só o que consigo
É em meus ouvidos tua voz ouvir.
Trazendo recordações da noite passada
De quando sua voz dizia exasperada.
Que não me ama mais
E que de minha imagem não se lembraria jamais.
Meu coração pondo-se a chorar
Tenta em um abismo sem fim,
Seus pedaços ajustar.
Mas percebo que em vão luto contra o destino
Que zomba de nós seres humanos.
E que em seus miseráveis capítulos,
Faz você de minha vida ir saindo.
Olhando para o lado,
Vejo que tudo parece ter sido derrotado.
Árvores secas, galhos quebrados.
O destino mostrando seus traços já acabados.
O Fim então entronizado,
Como destinos de todos nós
Seres acabrunhados.