Pérolas
Estas pérolas
Que circundam a delicada
Existência do que quero tocar
Com minhas brutas mãos
Que um dia estapearam alguém
Que me deu pérolas, das profundezas
Do nobre sentimento da alma,
E eu não soube valorizá-las
Estas que te circundam
São muitas, e nem as quero.
Você, pobrezinha...
Carrega este apanhado delas
Querendo ser uma grande ostra
Vivente nas profundezas
E possuidora de tudo,
Tudo que guardas em segredo
Ensimesmada
Em si escondida.
Enquanto mostras um enfeite
Ao redor de teu pescoço,
Eu vampiro sedento ti
Quero mais é desmontá-lo todo
Morder-te, beijar-te
E mostrar-te quão preciosa
Simples e única é
A pérola que guardas por dentro
E não a revelas...
E não percebes que és
A Verdadeira Pérola
E não a ostra que a esconde.