MNEMOSÝNE

MNEMOSÝNE

Mar... leme...

Me diz agora!

Aonde eles estão?!

Aqueles que tanto amei?

Mar...leme...

_ Mortos, todos mortos.

Mas eu sinto o cheiro

dos corpos, suores;

solenes circulam pelos lares,

eu sinto, impregnado,

o perfume agridoce

das flores, dos frutos...

é tudo tão-doce em minha memória.

Mar... leme...

_ Enganas-te, apiedo-me de ti, é somente sonho,

tudo passa, histórias,

sol e sal... tudo apodrece,

tem-se fim.

_ Vejas, ali, a casa em que nascestes! Aqui,

agora, corres perigo!

_ Busques abrigo nestes

confins!

Não, não posso, Mar... leme!

Lê-me?! Aqui meu berço, meu lar, minha cartilha...

Não, ao Mar!

Lembro minha cantiga-prece, lembra?!

Tudo alcanço... Marélembranças, esperanças...

Aqui sinto paz, tudo se refaz, meus pais...

Mar... leme...

_ Rápido, ó volves! Enganos teus, partas! Sou, serei, fui... Hei cantado o que é, o que será, o que foi!

Não, Mar... leme,

agora refaço meus brinquedos, meus quintais entre laranjas, mangas, morangos...

Meus medos e meus segredos...

Mar...leme...

_ Apressas-te ou ter-te-ás eterno degredo!

Espera... a rua, a minha rua,

toda nua? tão-somente à luz da lua?!

Mar... leme...

_ Vês o que será! Segues então a lua?

Rumas ao sol, mesmo que fores

ferido a anzol.

Não! Sol... idade, o Ancião do Mar,

sol e mar... só saudade!

Mar... leme...

_ Pareces a uma criança! Tu não deves viver como criança.

Tens idade demais para isso... Recries a esperança!

Esperança?! E o ter-sido-já-tecido?

Me espera... Mar!!

Mesperacriananticanti...çá, çá, gá, gá...

canção-de-ninar...

Desperto!

... só e mar, sigo ao leme.

PROF. DR. SÍLVIO MEDEIROS

Campinas, é quase verão de 2006.

NOTA DO AUTOR:

ATENÇÃO YUNGUIANOS PLANTONISTAS!!

A poesia acima nasceu de um sonho-bem-sonhado. ReVi a casa e a Rua em que nasci e, numa das casas, bem próxima da minha, vi uma das vizinhas daquela ocasião (30 anos atrás!); seu nome era MARLENE. Daí o meu "Mar... leme" neste MNEMOSÝNE, lido acima.

Em seguida, recordando-me d'alguns exercícios cabalísticos, construi uma "cabalinha" intitulada "sóNOMESón", na qual figurou, em especial, o nome de uma pessoa que me é muito querida. Trata-se da poetisa Madalena Barranco, cujo epíteto, forjado por mim, é MUSA DAS ASTÚRIAS; na "cabalinha", fiz derivar do nome da Madalena nomes de meus leitores mais assíduos. Pronto! Fim da história?!

NÃO! Que nada, isso era só o início!

Uma das leitoras citadas na "cabalinha" "sóNOMESón", isto é, a Valéria Sessa (cujo epíteto, forjado por mim, é NINFA) presenteou-me com um lindo "cartão eletrônico" - criação de ITO CARVALHO -, o qual se desdobra em formas e fotos e dados biográficos e canções magníficas, homenageando belamente a diva MARLENE DIETRICH.

PREZADOS LEITORES, para a minha surpresa, a poetisa Madalena Barranco é MARIA MADALENA Barranco (eu ignorava!); e o nome não artístico de MARLENE DIETRICH é MARIE MAGDALENE (eu desconhecia tal fato!)! Antes de receber o cartão, eu nem cogitara em pensar sequer na diva do cinema alemão e norte-americano! E o primeiro DVD particular que comprei para a minha videoteca, eu me lembro! foi o DVD do filme "O Anjo Azul", cuja protagonista é MARLENE DIETRICH!

BRAVO, YUNG!

CAROS LEITORES:

Caso vocês queiram conhecer passo-a-passo toda essa história, na tela! por gentileza, dê busca em meu BLOG, cujo endereço é:

http://arke.blog.terra.com.br