Pânico
Pânico insondável do ser
Veio a noite
Vi o Universo em flor
Guardei na imagem inação
Inércia
O ponto
Onde tudo começou
A eterna idade
Pintada de infinito
Noite de antanho
Pânico insondável do ser
Desde a caverna
Quando eu carregava o vento
Nas mãos em forma de concha
Como hoje
Faço com a poesia.
Dormia ouvindo
O marulho do mar.
Noite do ser
Insondável do ser
Do ser
Insondável
Ser
Ainda trago nas mãos
Em concha
O vento
O Ser
Pânico
Por não saber mais
Ouvir o mar
23/08/99