Carne e Unha
Ando atento às distrações dos sentidos,
Comunicando com o incomunicável,
Descuidado de cuidados alheios,
Veementemente desgarrado!
Dôo sorrisos e colho bocas,
Destravo a alma e acolho as solidões,
Sou crente em vãs descrenças,
Carente da tua carência!
Quero tua palma à minha, beija-flores de carne,
Tocando os acordes da derme,
A desprender canções da pele muda
E afinar os dedos no dedilhar desafinado dessa dor!
Sabes que a felicidade é um descuido
que não deixa seqüelas permanentes.
É torrente que desembarca além do mar,
Entidade afeita a surtos de carne e osso!