Para Pablo Neruda
Morava no mundo dos Astecas
Voava sobre as plantações de coca,
Nadava em rios da Amazônia,
Cantava em cima da pororoca,
Sorria nas areias de Iracema,
Bailava em praias cubanas,
Chorava na Praça de Maio
Berrava contra os ditadores
Que mancharam de sangue
Os sonhos de nossos condores.
E de nossas veias abertas que
Jorram versos dos túmulos de
Nossos soldados conhecidos.