JUSTA E REBELDE
Alheia à humanidade
Como se dela fosse
A incólume da espécie,
Ao mundo erguendo as asas, rebelou-se.
Incontinente ao céu, ao sol, ao mar,
Amargurou do rio a água doce
E fez-se um pássaro rebelde a desafiar
A ordem que o Senhor lhe deu.
E nem a Noé obedeceu,
Pois do dilúvio escapou
Sobre um resto de mundo,
Píncaro imponente,
E ali, como um condor,
Vendo a água levar a última flor,
Invocou:
Ó Deus dos justos! “onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’ estrela tu t’ escondes?” *
Vem buscar-me, aqui estou!
Hermílio
**************************************
* Antipenúltimo e penúltimo versos
extraídos do Vozes d'África, de
Castro Alves.
Alheia à humanidade
Como se dela fosse
A incólume da espécie,
Ao mundo erguendo as asas, rebelou-se.
Incontinente ao céu, ao sol, ao mar,
Amargurou do rio a água doce
E fez-se um pássaro rebelde a desafiar
A ordem que o Senhor lhe deu.
E nem a Noé obedeceu,
Pois do dilúvio escapou
Sobre um resto de mundo,
Píncaro imponente,
E ali, como um condor,
Vendo a água levar a última flor,
Invocou:
Ó Deus dos justos! “onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’ estrela tu t’ escondes?” *
Vem buscar-me, aqui estou!
Hermílio
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* Antipenúltimo e penúltimo versos
extraídos do Vozes d'África, de
Castro Alves.