CRIAÇÃO

Eu procuro o ardor nos poemas.

O sentimento, a emoção, o pesar...

Anátemas do coração.

Eu busco o sentido dos versos.

O sublime prazer de torcer as palavras

De mostrá-las ao próprio inverso.

Eu sinto o prazer da expressão.

Aprecio o lápis deslizando no papel.

O grafite se fundindo às células mortas.

O desnudar despudorado do fel.

No fim, tudo se encaixa.

Todas as palavras se encontram.

Todos os sonhos se realizarão.

No gozo supremo da criação.