nao adianta me abraçar
é pena,
tudo isso é loucura
ando a busca de cura
nao de tormento infinito

cansei... nem acho  mais graça
em teu sorriso
a impressão que há um truque por dia


estranho modo de andar
alma e chagas
lascas de lágrimas
sem emoçoes ?

corpos sao como árvores
querem terra para enraizarem
como pintores   desejando telas
pincéis, cores...


alguns momentos teus olhos
são  de mármore,
peço  agua tônica ao garçom..


feito árvores  teus braços vergam,
no guardanapo  escrevo uma frase,
talvez um poema..

(quem sabe uma fase.)..

eu nao quero essa festa em meu ouvido
vou embora
nao... nao vá comigo,
preciso  estar sózinha

a,   limpa esse canto da boca

e tira essa mosca do pensamento...


levarei o guardanapo
há um poema embrulhado !

vou embora
nao, não é anseio de fuga

é apenas uma trova em meu coração...

(vou esperar  outro sonho) !

a poesia  é um belo guia

da alma ,( geografia )

ato de viver e morrer

adeus, vou embora,
a qualquer cidade do tempo

nao , nao me venha abraçar,

deixei a conta paga
e começo a crer agora

que ainda  há muita gente

que vai me trazer muita saudade..

ufa.!!  a noite está gelada
a brincadeira acabou

céu frigorífico
todas as palavras congelaram...

.




olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 05/08/2011
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T3140325
Classificação de conteúdo: seguro
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