Há gosto


Arrancam-me navalhas...

São imperfeitos, profundos
e invisíveis os cortes,
Tangíveis, porém na alma!


O sangue jorra  e escorre,
transformando-se em borrões,
Nas bolhas que borbulham
a cor escura é o que sobressai

Nada mais...

São duras as penas,
Não leves,
Pesadas demais
Afundam o chão...

Na alma ainda
há cicatrizes, visíveis...

Risível essa minha tez!

E um gosto amargo,
Desgosto deste mês...



Ariadne Cavalcante
Enviado por Ariadne Cavalcante em 01/08/2011
Reeditado em 19/10/2011
Código do texto: T3132917
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