Quando fala em solidão
minh'alma não chora,
pois a que se refere 
não é a dela,
apenas age como observadora da
solidão que evolui pelo mundo,
ao redor de si,
dos ermos,
Muitas vezes a minh'alma diz
da solidão das milhares
de pessoas que caminham juntas,
outras num metrô abarrotado,
nas ruas como perdidas e robotizadas,
escravas de relógios e deveres,
sem notarem-se umas às outras


A solidão que tem minh'alma

é pintada das cores do arco íris,
visíveis e quase palpáveis,
ao longe,
enfeitando os olhos,
tem um brilho,
calor como tardes de verão,
sons de natureza como fundo musical,
espreitar de anjos em voos tocando cítaras,
É uma solidão que faz bem
no momento em que encontra
refúgio e aconchego dentro de si mesma
para renovar a vida,
para germinar amor,
Ter essa solidão nem sempre é estar só!


01/08/11                   

 
Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 01/08/2011
Reeditado em 15/08/2013
Código do texto: T3132015
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