A Maldita Gaivota.

Levantei hoje bem cedinho.

Comprei rosas e escrevi um bilhetinho.

Com frases em forma de carinho.

Para entregar ao meu amor la na prainha.

Cheguei la antes do alvorecer.

E por ela procurei mas não a encontrei.

Só avistei suas pegadas na areia.

Entrei em desespero e então chorei.

E seguindo sua pegadas na areia molhada.

Pelas lágrimas que do meu rosto rolavam.

Ao longe avistei um bilhetinho.

Na forma de um coraçãozinho.

Mas uma rajada de vento.

O bilhete da areia levantou.

E sobre o mar ou largou.

E as ondas para longe levou.

Então sobre as ondas pulei.

E por muito tempo ali nadei.

Quando do bilhete me aproximei.

Com força e fúria o agarrei.

E voltando para a praia.

Na ansiedade de o bilhete ler.

Querendo saber o que veio a escrever.

Ou o que as frases tinha para dizer.

Mas antes de na areia pisar.

Sem com nada me preocupar.

Uma gaivota em em seu vou rasante.

O bilhete tirou de minha mão.

Roubando de meu coração.

O direito de encontrar minha paixão.

E caminhando pela praia sem direção.

Fiquei na mais profunda das solidões.

Olhando a gaivota que voava sobre o mar.

Em voo rasante ameaçando aterrizar.

Mas foi sumindo no meio da neblina.

E desapareceu entre as nuvem do céu.

Depois daquele dia ainda volto a praia.

Para ver se encontro minha alma gêmea.

Mas só o que vejo é um bando de gaivotas.

Cantando assim zu zu zu zuando de mim.

Zu zu zu, zu zu zu zuando de mim.

Direitos Reservados Ao Autor

Valentim Eccel

Eccel
Enviado por Eccel em 29/07/2011
Reeditado em 31/07/2022
Código do texto: T3126251
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