A Maldita Gaivota.
Levantei hoje bem cedinho.
Comprei rosas e escrevi um bilhetinho.
Com frases em forma de carinho.
Para entregar ao meu amor la na prainha.
Cheguei la antes do alvorecer.
E por ela procurei mas não a encontrei.
Só avistei suas pegadas na areia.
Entrei em desespero e então chorei.
E seguindo sua pegadas na areia molhada.
Pelas lágrimas que do meu rosto rolavam.
Ao longe avistei um bilhetinho.
Na forma de um coraçãozinho.
Mas uma rajada de vento.
O bilhete da areia levantou.
E sobre o mar ou largou.
E as ondas para longe levou.
Então sobre as ondas pulei.
E por muito tempo ali nadei.
Quando do bilhete me aproximei.
Com força e fúria o agarrei.
E voltando para a praia.
Na ansiedade de o bilhete ler.
Querendo saber o que veio a escrever.
Ou o que as frases tinha para dizer.
Mas antes de na areia pisar.
Sem com nada me preocupar.
Uma gaivota em em seu vou rasante.
O bilhete tirou de minha mão.
Roubando de meu coração.
O direito de encontrar minha paixão.
E caminhando pela praia sem direção.
Fiquei na mais profunda das solidões.
Olhando a gaivota que voava sobre o mar.
Em voo rasante ameaçando aterrizar.
Mas foi sumindo no meio da neblina.
E desapareceu entre as nuvem do céu.
Depois daquele dia ainda volto a praia.
Para ver se encontro minha alma gêmea.
Mas só o que vejo é um bando de gaivotas.
Cantando assim zu zu zu zuando de mim.
Zu zu zu, zu zu zu zuando de mim.
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Valentim Eccel