TEMPESTADE
Passaram as tempestades de janeiro, lavando tudo.
As muralhas esguias se romperam, romperam e viraram farelos de concreto.
Cairam casebres, casas e mansões, sem distinções...
Passaram as tempestades de janeiro, terríveis, invadindo a noite.
Pisou em todos os sonhos que um dia foi cordel.
A paisagem exausta esgotou sua beleza...
Até que finda a tragédia, o Sol imponente deu uma trégua...