desculpe minha presença
que reflexo me busca
minhas folhas cairam
isso é perda!
desejei que meus galhos densos
fossem milenares
e  meu rosto não tivesse
a cor da partida...
fui perseguida,me urinaram em cima
deixei de ser bosque
ate as mosca caçoaram de mim...
minhas lagrimas salgadas
ainda indicavam que eu estava viva
(por dentro)
uma gota de esperança era em mim
mas...qual nada, a gasolina  em minha raiz
fui atacada por corações envenenados
(caminho borrado)
minhas irmãs ja se foram, uma a uma,
tiraram minha roupa exterior
minha seiva nao chega  ao  meu cerebro
ladroes de minha vida, sanguinarios,
eu adorava o vento me  abraçando
minhas folhas longas cantavam
flechas  incandescentes me atingiram...e
ainda assim
estou sedenta de recomeçar...
mas não sou tão tola ,
desapareço  como o neon no meio da bruma
logo serei esquecida,
nenhum gesto meu pode acalma-los
a serra eletrica chegou....
meu espirito abre os olhos
mantive minha dignidade ,
levarei recordaçoes tantas...
amanhã já não estarei aqui
para ve-la passar minha amiga,
nao esqueça de mim !
e nesses ultimos instantes
quero  vive-lo intensamente...
choro  por todos os fins de mundo que vi
pude entender,
("pobre homem"..)
resta-me alguns segundos apenas de pé,
com meus braços amputados
deixe-me aplaudir o céu,
aplaudir o sol,
olha-me pela última vez,
de lembranças minhas ao vento
de amanhã....
não sei, não entendo  que  civiliza...ção......
é..........óh!....meu Deussss....



olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 14/07/2011
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T3094608
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