Morador de rua
 
Não sei sonhar,
Meu deus são as migalhas que como,
Não sei pensar,
Nem sei o que são ideais...
Vejo um palácio como uma quimera,
Moro debaixo da ponte,
Até ser expulso de lá...
Um automóvel, um perfume, roupas de grife
São a mesma coisa,
Não têm para mim qualquer utilidade.
Ninguém me estende a mão,
Nunca fui visitado por um pastor
Ou por um padre, que prega o amor,
Acredito que sou invisível...
 
Sou, sim,
Sou um morador de rua.
 
Brasília (DF)
Tarcísio Ribeiro Costa


Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 12/07/2011
Reeditado em 12/07/2011
Código do texto: T3091281