hoje quero os ventos da tua reclusão
soprando letras doces na minha
derretendo-me a boca com a quentura
do que só pode ser sentido
quando uma solidão clama companhia...
sou só
sou apenas eu e eu mesma
e quando tua solidão vem me ver
o sol nunca se põe
e começo a crer em impossíveis...
hoje quero as cores da tua solidão
pintando-me de todos azuis possíveis
acalentando minha poesia na tua
numa rendição da palavra nua...
és só
só contigo e comigo
um sorriso único
solidão acompanhada
uma só, amorosa festa
então somos uma valsa
-minha solidão recosta-se na tua-
Karinna*