As horas do mundo

Tenho medo das horas

mas gosto dos segundos

a vida ritimada me ensinou

viver sempre em dois mundos.

Um mundo é do relógio

e o outro é sem hora

por isso vivo o agora.

Do passado, tenho as lembranças

as lembranças da minha infância

da infância, trago a saudade

da saudade, nasce a esperança.

Esperança de que seja verdade

tudo que um dia me ensinaram

ou desfabular o sonho

da vida na eternidade.

As horas passam, eu sei

disso tenho certeza;

enquanto me vejo desfigurar

nasce uma nova coragem

numa máscara de falsidade

que plantei pra me proteger.

Mas a vida é assim

e as horas passam, enfim

não sou certa nem errada

então deixo a vida em mim.

Barbara Bittencourt
Enviado por Barbara Bittencourt em 06/07/2011
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