Homogêneo
Deixo a terra me abraçar
Em lindos lábios febris
Em colos loucos e insanos
E grandes roupas anis
Deixo a terra me amar
Na cor e gosto que tenho
Em falsas promessas de dor
Pra cá,aonde não venho.
E aquela pá de terra
Que outras bocas não veem
É puro nojo da vida
Embora seja estendida
Nada fazem, senão viver.
Em sete palmos me deito
E outros tantos me cobrem
Um doce beijo eu sinto
Em outros beijos me engasgo
E fecham a tampa e o chão
Ouço passos. Ringe o portão
E rasga a calma...
É outro grilo a cantar