Homogêneo

Deixo a terra me abraçar

Em lindos lábios febris

Em colos loucos e insanos

E grandes roupas anis

Deixo a terra me amar

Na cor e gosto que tenho

Em falsas promessas de dor

Pra cá,aonde não venho.

E aquela pá de terra

Que outras bocas não veem

É puro nojo da vida

Embora seja estendida

Nada fazem, senão viver.

Em sete palmos me deito

E outros tantos me cobrem

Um doce beijo eu sinto

Em outros beijos me engasgo

E fecham a tampa e o chão

Ouço passos. Ringe o portão

E rasga a calma...

É outro grilo a cantar

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 05/07/2011
Reeditado em 05/07/2011
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