o rugir do vento invade a sala
inverno e silencio misturam-se
num mesclar de eternos ruídos
ao pé do ouvido ,nunca ouvido
no atrevimento sôlto, solto a lágrima
ouvindo ao longe o bater do sino ...
sim , quem pode decifrar nuvens distantes
ou trazer de volta o sol de ontem ?
quem pode entrar com a porta fechada ?
quem pode colher rosa, num jardim de cravos,
ou trazer de volta os mesmos sorrisos de (antigamente)...?
o rugir do vento invade a sala, a cela, a altitude do universo
de um verso, ou só uma sílaba ... talvez uma sigla,
talvez uma recordação num raio de fim de tarde,
quando é tarde, quando já foi o dia, ja foi mais um relógio
a briga eterna dos ponteiros, o tempo sorrindo,
nesse inverno verde, nas folhas dançando meio iradas
desabando de suas moradas,
no silencio da sala, da janela onde olho o enorme céu
... fico pensando: onde será que o vento mora,
porque será que ele chora ...
porque será que ele chora?




olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 29/06/2011
Reeditado em 06/09/2012
Código do texto: T3064966
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