gritaram contra a poesia
inegável versão egoísta
quem sepultou estrelas no quintal do vizinho ?
algum personagem de cabelos pisados
em algum lugar , auto falante perde a noção
olhos diversos,
talvez uma importância maior que um discurso profético
então cabe considerar o pijama caído atrás da porta
papel de parede, tentativa de cicatrização...
nossos dias , cedo nos abandona, nao importa nossa linhagem, estamos mecânicos nas mancadas exteriores
algum gesto interceptador revolucionário
pra disfarçar lagrimas de gêlo....
sem escândalo, antagonismo, um centro de espetáculo numa modernidade prematura,
num tempo passado a muito , resumido no verde das folhagens
na poética desnecessária imparticipante
onde não cabe mais nenhum verso , nenhuma espera , nenhuma catástrofe
estamos feito mercado em liquidação,e o locutor desliga o microfone...
resta um silêncio , em meio a multidão rasgando-se,
la fora chove... vestimos nossas capas
saímos para escuridão que a chuva deixa
na diferença de querer
na moldura vazia
na poesia criticada,mal vista ,mal cuidada,
embora mais uma vez não pareça que estamos indo...
nossos dias ? ah.... ja foram .. estão seguindo...
gritaram os egoístas de plantão
vaiaram a poesia
rasgaram a oração...
mas, é um belo verso.!!..um problema, uma possivel pergunta:
quem gritou com a poesia ?
quem foi tão insensivel ?

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 26/06/2011
Reeditado em 06/09/2012
Código do texto: T3059167
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