A timidez do desejo
Havia vontade rígida
Desejos bonitos e naturais
Sedução, deslumbre
Atração referenciando o ego sem ferir
Admiração, amor, permissão
Repouso da ansiedade que sonha
Exposição dos sentimentos sem fingir
Mas conviver pode ser comparado
Por timidez, a um beijo ávido
Que às vezes escapa a chance
Do alcance da boca, ou das mãos
Em seguida: ânimo e vaidade, desistem
Diminuindo-se a validez afável da meiguice
Por desinteresse, medo ou privação
O prazer torna-se desgastado
Pela inexistência de vínculos sinceros
O que era sedento, transformou-se em desapego
A ternura forte da alma, também sentiu-se insegura
Porém, buscando ser vigorosa e estável para resistir
Aos poucos, foi tomada por numa afeição precária
E assim, toda afeição desejada tornou-se sedentária