Samba de Botequim
Eu vivo
Sentando à mesa de um botequim
Fazendo meus versos chorados
Para afagar as tristezas, porfim.
Aquele que faz este samba
Sabe de onde vem a inspiração:
Das mágoas contidas no peito
E dentro do coração.
Eu sou um homem sofrido
Perdido em sonhos.
Fazendo estes versos sentidos
Para fagar o coração tão tristonho.
A dor de uma paixão
É forte demais para mim.
E eu tento esquecer de uma vez
Esta dor infeliz.
E é por isso
Que vou ao botequim
Falar com a moçada.
Me sento à mesa e peço:
- "Manél", traz uma cerva bem gelada.
Aproveita e traz um papel
E uma caneta para mim
Que eu vou escrever o meu samba
Neste botequim.