talvez aquela fosse a última carta
numa investida de sobreviver
(quimeras) pétalas de rosas sobre asfalto
no frio de almas solitárias
encantamento, esquecimento,
talvez....quem sabe um último grito ?
desabraçar o próprio corpo
e num abraço
jamais vemos o outro rosto
enquanto as folhas doentes despencam
embaladas pela gelada tarde
pela chuva fria assustadoramente virótica
enquanto carros passam respingando agua suja
em sonhos lactantes....
talvez , aquela fosse a última carta
última frase
última palavra
deixada no silencio do papel dobrado
entre as maõs do tempo
entre o entrar na vida
e aguardar mais tempo
sem imaginar
sem sequer ousar
ser eterno...
talvez fosse um último grito
talvez seja um primeiro som
talvez seja simplesmente talvez
para cada um de nós...

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 14/06/2011
Reeditado em 18/04/2013
Código do texto: T3035306
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