Marasmo e Soneto do Sertão.
Léguas de horizontes amarelados...
De chão seco, árido, ressequido...
Ah! Antes tivéssemos perseguido
aquele sonho vívido, sonhado!
O sonho de ir-se embora com o vento,
de ir-se pra tão longe destas terras...
De buscar recompensa n'outra guerra,
n'outra luta, pelo melhor sustento...
Covardes! Tivemos medo da sorte!
Arraigamos nossas almas assim,
sem esperas maiores para os dias...
Definhando numa espera vazia,
condenados ao previsível fim,
de fome, que desgraça até à morte!
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Mad Just, 13 de junho de 2011.
17:10 hs.