Escritos na Areia



Que seria de nós, pobres mortais
Que vivemos buscando letras, palavras,
Inspiração, dor, lágrima, ilusão,
Sorriso, cantoria, violão,
Se não fosse um canto para escrever,
Um lápis e papel a obedecer nossos desejos,
Chorar em rimas tão disfarçadas
Que parece um canto alegre de um pássaro qualquer
Sorridente numa manhã ensolarada
Quando na verdade há muita chuva,
Outras vezes cantar a alegria alheia
Tendo o coração dolorido que baqueia,
E mesmo assim, tudo é tão real,
Porque o poeta vive o momento da escrita,
Tudo renasce e acaba no mesmo instante,
Igual o que é escrito na areia, some, nem esperneia.
Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 11/06/2011
Reeditado em 14/06/2021
Código do texto: T3027320
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