A Quebra da Bolsa de Valores de Nova York

O bom cabrito

Nunca é o que mais berra

Não enfrenta o conflito

É ali que ele emperra

O americano

Nunca fica atrás do pano

Julga ser dono do mundo

E para isso pisa fundo

Século vinte

Ele não se fez de ouvinte

Fez mil filmes com Carlito

Nos seus carros pôs apito

É a euforia

Um país que se alumia

Nunca vai perder sossego

Nunca vai ver desemprego

Mas o salário

De quem é o operário

Não acompanha a produção

Vive sempre sem um tostão

E o dólar

Na Inglaterra fez seu lar

Mesmo sendo país paterno

Deu fim ao mercado externo

E a Bolsa

Que não era nem de louça

Um estojo de dinheiro

Com a grana do mundo inteiro

E o aventureiro

Ali virou um empreiteiro

A fortuna que era seu sonho

Fez-se pesadelo tristonho

No ano 29

Quem o mundo pensa que move

Como se em um levante

Viu tombar aquele gigante

É a Quebra

Que ninguém nunca celebra

E que nunca virou postal

Quebrou a capital do capital

E o presidente

Para não se mostrar descrente

Apresentou Nova Proposta

Do New Deal fez uma aposta

E a economia

Já não era tão vazia

Mas economia que não se encerra

Só se faz com outra guerra

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 08/06/2011
Código do texto: T3022405
Classificação de conteúdo: seguro