Saudade

A minha saudade tem um novo canto.

Sem ouvir por intervalos, melodias,

elevou-se aos céus de tantos desencantos,

desviando as angústias de meus dias,

entoando, em passagens, o meu pranto.

Criou para si as mais tristes poesias.

Perdida entre ecos, no longe, inatingíveis,

ao ouvir seu canto solidão de despedida,

chorou muda seus soluços inaudíveis

sem outros sons, anunciando sua partida.

Repousou solitária em regaços invisíveis.

sem esperanças de ser luz ou de ser vida.(IDA)

Ida Satte Alam Senna
Enviado por Ida Satte Alam Senna em 26/11/2006
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