Absinto de mim

Bebo do meu absinto,

Que da alma sangrou,

Este gosto tão amargo,

Que a vida me reservou.

Bebo do mesmo sal...

Que dos olhos escorreu,

Absinto feito de lágrimas,

Que a vida me ofereceu.

Da minha boca que seco,

Sinto sempre o amargor,

Desta bebida sem graça,

Que aumentava minha dor.

Não quero mais do absinto,

Que bebia sem perceber...

Transformei tudo que sinto,

Na força do meu bem querer.

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Com maestria, a poetisa EDLA PRINCESA, veio dar brilhantismo ao meu escrito. Obrigado poetisa.

Bebo o meu absinto

Ouço meu triste canto

tento não sentir o que sinto

Na vida não tenho acalanto!

...Tiro meu próprio mel

De colmeias sangrentas

Que transformam tudo em fel

Tu nem ao menos lamentas!

Edla Princesa

Agradeço a poetisa Marina Alves, sua brilhante interação. Obrigado!

Vou seguindo minha sina

Sorvendo meu absinto

Cruel, a vida ensina

Vivo das cores que pinto.

Marina Alves

WILSON FONSECA
Enviado por WILSON FONSECA em 01/06/2011
Reeditado em 15/06/2011
Código do texto: T3006652
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