As Intermitências da minha Sanidade
A loucura me visitara todos os dias,
Com persistência,
E a minha sanidade parece apenas um liquido,
Que aos poucos seca a boca.
Ontem não sonhei com nada,
Na verdade somente provei o escuro.
Nas intermitências de minha lucidez,
De minha febre inflamante,
Que acalma e me faz agonizar.
A chama interior corroendo o frio,
Que afoga meu corpo na dor.
Hoje ninguém a mim falou,
Como estavam os meus olhos,
Se eles ardiam, ou eram verdes como a grama.
O silêncio me visitou,
Durante as lacunas que os ruidos deixaram.
Amanheceu mais um dia,
E ainda meu sinto novo demais,
Para ser velho.
Aos poucos me intorpeço,
Com a imagem estática de minha foto de infância.
Quando a loucura que eu conhecera,
Era de fazer coisas que não eram permitidas.
Mais ainda não entendi a vida,
Nem as mutações que meu corpo sofre.
Vai anoitecer mais um dia,
A escuridão consumira a luz,
E a loucura brincará com a minha realidade,
Mais uma vez perderei a sanidade,
E morrerei jovem,
Para não amanhecer velho,
Durante o dia.