Arado
Sulcava a terra seca,
Rasgava-a em ferida,
Infundindo-lhe sementes,
Semeando vida.
A terra engravidava,
Na cópula das semeaduras,
Sumia a aridez pétrea,
Surgiam flores, verduras...
Ás vezes não só a terra,
Precisa do arado a rasgar;
A dureza crua da vida,
Clama por se transformar.
(Danclads Lins de Andrade).