BELA POESIA
NECROLOGIA
MOR
Era uma bela poesia
Nem se sabe quem a escreveu.
Vivia o seu dia a dia
O autor ninguém conheceu.
Num velho papel foi escrita
Por todos era recitada.
Nem seria ela tão maldita
Como palavra encantada.
Por ninguém foi decorada
O papel foi desgastando.
Por tantos foi declamada
De mão ela ia passando.
As letras se apagando
Já era difícil de ler.
Já ia agonizando
Na certa já vai morrer.
Logo o último a declamar
Ali chorou com ela na mão
Tinha logo que a mesma queimar
A cinza colocar no caixão.
São José/SC, 27 de maio de 2011.
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