Poema que veio...

Ouvi um poema soprado ao vento,

Eram como as ondas;

Afastando-se mais nunca deixando de tentar voltar...

Ecos de nadas e tudo, ressonância de nossos egos.

Eram como os ventos que nos acariciam,

Tocando suas notas dissonantes,

Tocando nossos ouvidos nos tornando apaixonados.

A flecha do culpido lançada,

Abraçada pelo coração dos amantes.

Como a caricia de enamorados,

Essência de tenra e pura saudade.

Instantes para serem guardados,

Para não ficarem esquecidos, nem nunca o serão...

Ficarão guardados em minha memória,

Esperando outras linhas que um dia escreverei.

Um quadro da miragem do deserto,

Onde todos queriam estar,

Confortando a mente para poder seguirmos.

Era um lindo poema, falava da realidade,

Mais tão belamente, que sonhávamos acordados,

Pensávamos ser o poema, linha por linha.

Letra por letra, ponto por ponto...

E nosso escritor nos fazia sangrar com sua caneta,

Marcava-nos, como tatuagem escrita pela vida.

Onde sempre miramos os olhos.

Para sabermos que um dia nos tocaram,

Com firmeza e um amor nunca visto,

Com palavras que não precisaram ser ditas.

Allan Ribeiro Fraga

ESCRITOR FRAGA
Enviado por ESCRITOR FRAGA em 23/05/2011
Reeditado em 02/06/2011
Código do texto: T2987594
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