Divinas perdidas

Sabe-se que oram, contritas no templo.

De olhos fechados, prostradas, ordeiras.

E as mentes, onde andam? Ah... Deus!!

Ovelhas do templo, fadas do mundo.

Servas fiéis, enquanto congregam.

Se livres, se soltas, pecado profundo.

Quão belas, quão meigas, ei-las irmãs.

Santas mensageiras, de vestes compostas.

Dispostas se dizem, ao céu adorar.

Ah! A quantos iludem?! Divas belezas?!

Quantos versos ainda pretendem dizer?

Antes do juízo, de últimas certezas?

Quantos perdões ainda hão de pedir?

É... Se parecem puras, e amam pecar?!

É... Talvez nem amem pecar, talvez não.

O certo é que amam... Amam e pecam.

Santas pecadoras, não por serem amantes,

Mas por não ser o quão puras proclamam.

Quem dera entre elas, ser eu um varão.

Tão santo, tão puro, bendito entre elas!

E eu diria: belas sois vós! Quase divinas!

Moças, fiéis, puras, santas pretendidas.

E assim são elas, beleza à fina flor.

Santas desejadas, divinas perdidas.

Messias

26.01.2011