Uma Vampira Selvagem A Matar-Me

Nas torres antigas dos

Vales Dos Vampiros

Ela nasceu com o gosto

Do assassínio e da perdição

Em seu espírito vampírico

Arata filha de Amalya

Com Marot

O Deus Vermelho Dos Vampiros

Arata sanguinária

Nascida para arrancar

Corações com suas lâminas

Nascida para rasgar almas

Com a sua maldade

Arata possui na face

A Marca Da Calamidade

E a sua impiedade eterna

É concebida como

Impiedade de criatura

Devotada a toda calamidade

Devotada a toda abominação

Arata A Vampira Selvagem

Corre pelos campos das ruas

Das humanas cidades

Caçando caçando caçando

Impiedosamente

A criança perdida

O velho doente

A mulher violentada

O moço demente

O inválido indefeso

O cego solitário

O mudo choroso

O surdo lamurioso

Nenhum humano escapa

À sua fúria de

Caçadora Das Madrugadas

Arata zomba do padre

E devora os olhos de padres

Em jantares

Arata zomba dos pastores

E devora as línguas dos pastores

Em manjares

Arata zomba de toda a Humanidade

E devora todos os humanos

Que em loucas caçadas encontra

Sob seus dentes alucinados selvagens

Arata me encontra todas as noites

Arata aqui está sangrenta

Segurando na mão esquerda

A cabeça arrancada

De uma prostituta

E segurando na mão direita

A cabeça arrancada

De uma freira

Arata entrega-se à Besta

A Besta Interior que todo

Vampiro Da Criação

Deve domar

Deve acariciar

Deve fazer adormecer

Arata lança sobre os meus livros

As duas cabeças

E com suas garras rasga-me

As costas

Arata golpeia-me com suas facas

Cortados são os meus dedos

Mas continuo aqui digitando

Arata salta sobre mim gritando

Eu caio para o lado direito

Ela chuta-me na face

Rindo de minha fraqueza

Diante de sua selvagem empresa

Arata segura o meu pescoço

E rosna como fera dantesca

A pedir sangue de vítima

Para noturna sobremesa

Arata crava em mim os seus dentes

Sinto-lhe a pele vibrar

Toco em seu corpo

Para dela poder me livrar

Arata eu seguro

Não empurro

Minhas mãos acariciam-lhe

Os deliciosos seios

Minhas mãos acariciam-lhe

As deliciosas nádegas

Estou morrendo

E aproveitando para acariciar

Uma vampira de curvas amadas

Pelos meus desníveis d'alma

Arata morde-me mais forte

Eu a acaricio mais forte

Tiro-lhe as vestes

Tiro a minha veste

Ergo a minha espada

Forte e corajosa

Pronta para o ataque

Arata suga-me a última gota de sangue

Sangue de bardo poeta que

Filósofo também era

Eu morro nos braços dela

Minha espada caída

Meu espírito partindo

E o prazer que com ela

Vampira selvagem deliciosa

Meu prazer primeiro e final

Com uma Vampira Da Besta Interior

Vai-se para me atormentar

Nos Baixos Vales onde estão

Todos os apaixonados

Pelas vampiras

Que os assassinaram

Arata devora meu cádaver

Vejo isso dos mares do Éter

Ela tem prazer em mastigar

Toda minha pele

Meus ossos frágeis

Meu coração ainda vivo

Em suas garras de

Vampira selvagem

Arata deixa os restos dos meus ossos

Em redor do meu quarto

Sai de minha casa

Retorna às ruas

Continuará sua selvagem missão

De ser uma

Missionária Bestial Dos Vampiros Bestiais

Continuará assassinando

A todos que encontrar

E tendo mais prazer em assassinar

Os que por ela se apaixonaram

À beira da morte

Em seus braços

Como eu por ela me apaixonei

Em seus braços

Meu último abraço

Sangrento abraço

Bestial abraço

Inominável Ser

MORTO POR UMA

VAMPIRA SELVAGEM

Poema originalmente publicado em 17/11/06 em minha Cova Abismal De Poemas Sombrios(http://coabposo.spaces.live.com)