BÊBADA NOSTÁLGICA.
Arrumei minhas malas,
E me refugiei nas estradas cinzentas.
Arrumei minhas malas,
E abriguei-me nas estrelas.
Estou morando em uma casa que o teto é o céu
Que a parede é o vento
Que o piso é o asfalto.
A nostalgia me afeta, me embriaga
Eu tento não tomá-la
Mas sou uma bêbada nostálgica,
Nunca me esqueço de meu passado atormentado,
Fico zonza como uma alcoólatra,
Não, não estou com uma garrafa de pinga na mão
Não precisara beber
Para eu ser essa bêbada nostálgica,
Meus olhos esgotados de tanto chorar,
Estou exausta de tanto me lembrar de pensar
Sai para não viver naquele breu de vida,
Sai dali para passar a perna na solidão
E rir dela quando vir-me partir.
Mas diga-me o que adiantou ter largado a escuridão
Para ser uma bêbada nostálgica sentindo saudade da solidão.