Cada um, cada um ou Um epitáfio do cotidiano
Cada um tem seu estilo
o adulto agitado
a mocinha tagarela
o garotinho calado.
Há os que querem o mundo
e com isso sentem-se bem
aos cinquenta anos de trabalho se vão
transformam a vida numa nota de cem.
Há os que querem somente a si
o que exige ainda mais trabalho
pois geralmente somos do outro
e todo outro é falho.
E há os que não querem posses
apenas amam os outros
e amam aos montes
com toques, beijos, em bosques e pontes.
Sonhava ser desses últimos
mas o deus-dinheiro e o orgulho cegaram-me
fizeram-me viver a vida, que é finita, bela e doce
como se não fosse.