TRANÇANDO O POEMA
Pego uma rima dentro do bolso
Começo um verso
Amarro uma oração na outra
Com um nó cego.
Moldo a estrofe como escultura.
Rima após rima
Misturo radicais e afixos
Tiro a rebarba com a lima
Sinto cada toque da língua
Nos céu da boca e nos dentes
Lendo alto para ouvir cada fonema
E com um ponto final estanco o poema.