navegar em linhas curvas
absoluta,imperfeita, ladeira abaixo
como compreender as sinas ?
(tornados entornados),
agua pra todo lado ,
mais mortes...
como pode o poeta descansar ?
na mais funda solidão letreiros,
"" pobre de mim , pobre de ti,pobre de nós""
fósforo queimando a vida
relâmpago na festa,
sobre nós , caem goles de interrogações... até quando acordaremos?
a, esquece ... esqueçamos disso !!..
acorrentados pelos pés, dançemos,.....
com nó na garganta , cantemos,....
com as mãos algemadas , abraçemos,.....
monte de fel espalham-se pelos caminhos,
então , então ninguem é gentil,
todo dia pássaros muTam
há um tempo impregnado de dúvidas e medos,
ramos de flores constipadas
imensos lares (vazios), um hoje que cai...
casa com jardins quedados
alma em desonra,calos no coração...
ventanias chegam,...! na sala alguém serve um licor
educação na dor,um( inteiror murchado )
na espera de um amanhã unindo o mundo,
mas ,.. nao importa, a poesia está em sua hora de recreio,
intervalo para os amargores,o confundir dos corpos estendidos, frios,
na calçada da rua o cão descansa toda sabedoria pura,
e , .... e arvores ainda serão papel de cartas ?
flores em fúrias, águas insalubres, homens escorpiões,
humanidade carente, desorientada, sem saber o que fazer...
LIXEIRAS PUERIS abundam...
corações de mães (nos pés )...
tanta deformidade , tantoS alienígenas , tantos (eu não sei )....
e até quando a ternura existirá no dicionário ?
esse LUGAR desconhecido...
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(interação da poetisa maravilhosa) Laura Duque
na volta do rio para Cabo Frio
vi uma árvore parada na beira da estrada
bem na beradinha.....
e aí tive impressão que o sonho
daquela árvore, era atravessar a pista
cheguei a ver a força que ela fazia
para soltar as raízes do chão...
o que será que ela queria encontrar do outro lado,?
o que será que a chuva sente,quando rola ladeira abaixo ?
( obrigada Laura, pela belíssima interação.)
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