CAI CHUVA EM MIM
Cai chuva miúda,
que atropela
a graúda
que fica nas nuvens,
esperando cair.
Vem suave,
mansinha,
com ar de santinha
mas vem p’ra ferir.
me enlaço
num laço,
em jeito de abraço,
em jeito de amar.
Me giro,
me viro,
e fico suspensa,
com a chuva a cansar.
Traz sabor de fel,
disfarçado de mel,
e quando desperto,
não há céu aberto,
há nuvem cinzenta.
A chuva graúda,
que já não desgruda,
cai forte, não lenta.
Então, recomeço
de novo e tropeço
tanto, que me esqueço
da chuva miúda
Que nem me saúda.
Abril de 2011
A CHUVA foi tema de 2 poemas deliciosos escritos por Tânia Orsi Vargas e Lázara Papandrea, duas autoras de textos de grande valor literário, cuja interpretação, embora nem sempre fácil, é do melhor que tenho lido no Recanto das Letras. Inspirando-me naquele tema compus, num estilo bem diferente, o poema “Cai Chuva em Mim”.
Cai chuva miúda,
que atropela
a graúda
que fica nas nuvens,
esperando cair.
Vem suave,
mansinha,
com ar de santinha
mas vem p’ra ferir.
me enlaço
num laço,
em jeito de abraço,
em jeito de amar.
Me giro,
me viro,
e fico suspensa,
com a chuva a cansar.
Traz sabor de fel,
disfarçado de mel,
e quando desperto,
não há céu aberto,
há nuvem cinzenta.
A chuva graúda,
que já não desgruda,
cai forte, não lenta.
Então, recomeço
de novo e tropeço
tanto, que me esqueço
da chuva miúda
Que nem me saúda.
Abril de 2011
A CHUVA foi tema de 2 poemas deliciosos escritos por Tânia Orsi Vargas e Lázara Papandrea, duas autoras de textos de grande valor literário, cuja interpretação, embora nem sempre fácil, é do melhor que tenho lido no Recanto das Letras. Inspirando-me naquele tema compus, num estilo bem diferente, o poema “Cai Chuva em Mim”.