""SEM PLATÉIA"...

quando me cerca uma luz de espera
medindo o mundo ,

há refúgios nas estrelas
há vencer em respostas
não ser poeta , mas ser um canto

um close, um up, um achego
há um querer nos olhos
suplicar sem remorsos
por amor e paz,
espantos finais no poder da ternura
transformando parcelas de nostalgias
acordes de fúria
num regressar das pressas dos abandonados...
estranho o modo de andar de novo
em sobre aviso
em cheque mate
clandestino verso num depor de flores
mas,não caminho como antes,
parece um andar cercado...
hoje, eu queria ser uma boca amordaçada
para não dizer (há silencio !)
vaias,... ( nada cordatos os acordares)
solitária posse da esperança,
civilização esquecida...
ao apagar a luz antes de dormir
não podemos ignorar que somos divinos.
paramos na beira da estrada,
para unir os pássaros,
ou tirar o prego da sola dos pés,
houve um dia que a realidade não era real,
e qualquer fogueira apagada não tem calor..
sem platéia, os trilhos do trem velho queimam
ao sol das eras cúmplices,
que em vão desmancham-se , e a luz da espera
continuará salvando o mundo ...


olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 27/04/2011
Reeditado em 18/04/2013
Código do texto: T2935002
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