TEU CORAÇÃO OU...
Raiva incontrolável, um dia apagado
E o teu fantasma é-me, estrangeiro!
Sai de tuas lágrimas assombradas,
Como se fosse um domesticado bicho,
Que morde, assopra e chora!
Ilusão minha que sou,
Um bicho quase das brenhas,
Colho uma inapagável dor em tua cópia,
após lembrar-me infeliz,
de tão tristes mágoas.
Meu coração sabe rebelar-se,
Diante da banal vontade do teu peito,
Um doce de jiló, que gruda no fogo,
E amarga depois de feito.
Se vês assim ao me olhar teu olho,
Diz-me de alma para alma
O que em nós está mirrado:
Teu coração, ou, meu desabafo e calma?
Vitoria Moura 20/4/2011
Ma Vie