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Nódoas da vida

Levadas pela lavada

Na beirada

Do agitado rio.

Aquele rio que leva

As lamentações,

Os louvores,

Os secretos amores...

Lava a sujeira,

Bela lavadeira

Limpa a vida inteira

De uma (im)pura ilusão...

Chora lavadeira

Pela mancha na vida;

Pela constante partida

Daquele amor proibido...

Há fiapos pelos cantos

Há cantos de tristeza

À margem dessa história...

Fome, vitória;

Dor e fortaleza...

Canta menina lavadeira

A vida é uma passageira

Dessa inquieta balsa...

Choraminga comigo

Lava o pano encardido

E limpa a névoa do olhar...

Seu murmúrio espuma

Feito o frescor das roseiras...

Embrulha a trouxa

Desce a ladeira

Alveja a carpideira

Que há em ti...