PEREGRINA

A vida projetada em cenas

Na alma sempre estampadas

Errante com passos incertos,

Cada dia e todos os projetos

Tropeços e o andar torpes

Aonde cabe um amor puro?

Castelos, sonhos em torres.

A busca de um porto seguro.

A estrada é longa...Só poeira

Turvando uma visão andante

Sentidos sem eira e nem beira

Pensamento perdido, inebriante

Calar a palavra ainda sentida

Tormentos e chuvas, passam

Chegar pensando na partida

Rancores à vida ultrapassam

Permito-me ser ainda menina

Viver parece um fardo pesado

Sei que sou apenas peregrina

Num presente preso ao passado

Claire Fernandes
Enviado por Claire Fernandes em 23/04/2011
Reeditado em 23/10/2011
Código do texto: T2926636
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