PEREGRINA
A vida projetada em cenas
Na alma sempre estampadas
Errante com passos incertos,
Cada dia e todos os projetos
Tropeços e o andar torpes
Aonde cabe um amor puro?
Castelos, sonhos em torres.
A busca de um porto seguro.
A estrada é longa...Só poeira
Turvando uma visão andante
Sentidos sem eira e nem beira
Pensamento perdido, inebriante
Calar a palavra ainda sentida
Tormentos e chuvas, passam
Chegar pensando na partida
Rancores à vida ultrapassam
Permito-me ser ainda menina
Viver parece um fardo pesado
Sei que sou apenas peregrina
Num presente preso ao passado