LAVANDO A ALMA...

 

Por mais que eu lave minha alma, vez e outra,

toda água desboca em meu coração!

E em poças, feitas lagos, feito mar repousam...

Sou assim; emoção!

E choro!

E sorrio!

E assim, penso que se vaporam estas tais águas...

E assim, penso que suo tais águas...

E assim, lagrimejo tais águas...

Só que vez e outra erro a mão!

Tais águas se fazem tintas...

Se fazem sulcos em folhas ainda virgens...

E quando aplumo o olho,

vejo na folha, nos sulcos,

algo que se diz rabisco!

Algo que se proclama poeta!

Algo que me diz ser minha cria...

Algo que se despreende de mim e nem é tão minha...

E quando aplumo o olho,

vem um e diz isso é poesia!

 

Abraços fraternos

Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
23/04/2011

RESPOSTA PARA INTROSPECÇÃO DE DENISE SEVERGNINI IN:

http://encontrodepoetaseamigos.ning.com/profiles/blog/list?user=1wu1zkht1ofb6