Os Corpos Juntos Não Bastam
OS CORPOS JUNTOS NÃO BASTAM
Nascemos sós. Real fatalidade...
Partiremos sós. A mais cristalina verdade...
Porque esta busca inglória,
De ouvidos que nos ouçam,
De vozes que nos endossem a palavra?
Porque essa busca inglória
De idéias que se unam,
De ideais que floresçam
E cresçam, cresçam!
E permaneçam sempre assim unidos!
Para uns basta viver...
Nascer, crescer, seguir o rumo esperado da vida.
Pra outros, uma efervescência.
A “mesmice” dói como no estômago a fome!
E o pensamento ganha proporções de horizonte...
Não bastam os corpos juntos!
Os corpos juntos não bastam!
Eles morrem e se matam
Na ausência de sentido.
São carnes vivas,
Tristemente animais,
Miseráveis de essência,
Sedentas de luz, de harmonia,
Famintas de paz!