Os Corpos Juntos Não Bastam

OS CORPOS JUNTOS NÃO BASTAM

Nascemos sós. Real fatalidade...

Partiremos sós. A mais cristalina verdade...

Porque esta busca inglória,

De ouvidos que nos ouçam,

De vozes que nos endossem a palavra?

Porque essa busca inglória

De idéias que se unam,

De ideais que floresçam

E cresçam, cresçam!

E permaneçam sempre assim unidos!

Para uns basta viver...

Nascer, crescer, seguir o rumo esperado da vida.

Pra outros, uma efervescência.

A “mesmice” dói como no estômago a fome!

E o pensamento ganha proporções de horizonte...

Não bastam os corpos juntos!

Os corpos juntos não bastam!

Eles morrem e se matam

Na ausência de sentido.

São carnes vivas,

Tristemente animais,

Miseráveis de essência,

Sedentas de luz, de harmonia,

Famintas de paz!

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 14/11/2006
Código do texto: T291309