Era Pra Ser Um Soneto
Folgo agora em saber que ninguém livre é
- ou seja a morte o que nos prende
antes o trajeto, a possibilidade, a fé –
Ser assim, o mundo embora, quem entende?
Durmo e imploro em não sonhar com o que se sente
- ou seja vivo para ter-se como der
ou crie o que, lhe adiante, convier –
Mas não ampute de quem apenas é futuro, o presente.
Covardia, a vez do dia, faltar luz,
Histeria, eram apenas anjos nus,
O evidente segue à pé.
Temeremos quando alguém sem precedente
Apontando a impertinência contra a alma tão carente
Liberar o sentimento que vier.