A morte
Desfaz – se da carne, a alma
Se esquece de tudo,
Se espreita a face do mundo
E espera – se a eterna calma
Quebram – se os vasos, tristeza constrói
Morada na agonia da morte que morre
O desalento, espanto na lágrima que escorre
A mágoa ou medo, a morte destrói
Se te espanta, se cala, se fala, se estremece
Na dúvida desfaz – se do terreno
E busca pela divindade, o pleno
Acorde da palavra que aquece
E espera um beijo, uma lágrima, tudo
A busca pelo eterno enxuga o pranto
Se tudo o que busca no impulso do espanto
É a consciência da paz no instante mudo...