O BATER DAS HORAS
O relógio tornou a bater...
Foram as mesmas horas de dias anteriores.
Amanhã voltará a bater?
Sempre os ponteiros a girar
e a marcar os mesmos números.
A mesma coisa de sempre: giram, giram, giram, giram...
O TEMPO CORRE...
As horas são as mesmas.
O TEMPO nem sempre:
Tempo de alegria;
Tempo de tristeza;
Tempo de prazer;
Tempo de dor;
Tempo de certezas;
Tempo de incertezas;
Tempo de união;
Tempo de separação;
Tempo de nascimento;
Tempo de morrer.
Os ponteiros giram como gira o mundo.
Uns vem, outros se vão.
Os mesmos eternos ponteiros sempre a girar...
Não podem parar...
É a lei do mecanismo...
É a ordem dada...
E o relógio baterá as mesmas horas...
Será tempo de alegria ou de tristeza?
A vida tem que continuar
Nem sempre as mesmas vidas vivas.
Uns morrem;
Outros vivem.
Seja qual for o momento...
L.L. Bcena, 28/03/1999 – 8:26h.
POEMA 33 - CADERNO: TRANSMUTAÇÃO.